domingo, 28 de fevereiro de 2010

TRAILER DE SIMPLESMENTE COMPLICADO

SIMPLESMENTE COMPLICADO (IT'S COMPLICATED, 2009), DE NANCY MEYERS

Nancy Meyers faz parte atualmente do prestigiado grupo de diretoras . Dirigiu os filmes "Alguém Tem que Ceder" (Someone's Gotta Given) e "O Amor não Tira Férias". Nos três, ela dirige, escreve e produz.

A história de Simplesmente Complicado envolve pessoas maduras, na faixa de 50 anos de idade. As três personagens - Jane (Meryl Streep, Jake (Alec Baldwin) e Adam (Steve Martin) - são divorciados, sendo que Jane e Jake foram casados por vinte anos e há dez estão divorciados e Adam divorciou-se há dois anos. Jane é empresária do ramo de restaurante, Jake é advogado e Adam Arquiteto. Jake se casa com uma mulher mais jovem e é visivelmente infeliz, o que o faz retornar para os braços da ex-esposa que passa a condição de amante. Ambos começam um affair que inicialmente faz bem aos dois. Jane possui uma vida estabilizada, tem três filhos crescidos e passa a morar sozinha. Agora com um tempo apenas para ela, Jane vê-se tentada a viver uma aventura com seu ex e assim passam a sair juntos, mas mantendo segredo para os filhos.  Jane vive plenamente seu momento, mas percebe que os encontros se tornam muito mais familiares do que deveria. Os filhos descobrem o romance e tudo fica mais difícil.

Ao mostrar o casamento de Jake com uma mulher mais jovem, Meyers expõe os problemas e as tensões vividas por casais de geração diferentes e com expectativas de vida igualmente diferentes. Quando ele pensa em diminuir o ritmo de trabalho, a jovem esposa exige alguns benefícios que vão fazê-lo trabalhar mais em uma fase da vida em que ele deveria descansar ou pelo menos desacelerar. O filme mostra que a vaidade que leva os homens a trocar as duas maduras esposas por mulheres jovens não resiste ao casamento. Diante da crise, Jake se percebe apaixonado pela sua ex-esposa, isto é, ele percebe que fez uma mal negócio. Jane representa para Jake o conforto, a comida bem feita e o sexo com cumplicidade. Tudo funciona muito bem, mas ao perceber isso já é muito tarde para tentar recomeçar, até porque pelo comportamento de Jake ele continuaria a sua infidelidade, uma das razões do divórcio.

Neste ínterim, Jane conhece Adam o arquiteto que fará a reforma de sua casa e ambos começam a se encontrar para além das visitas de trabalho. Jake percebe o "seu" território sendo ocupado e inicia uma estratégia radical de retorno permanente, sobretudo quando a sua esposa o flagra em uma festa com olhares apaixonados para Jane. Dentro de uma crise conjugal, ele busca se instalar na casa de Jane. Adam descobre a investida e se afasta. Jane percebe que pode viver um outro relacionamento mais maduro com Adam, já que Jake parece um tanto infantil apesar da idade.  

título original:It's Complicated
gênero:Comédia Romântica
duração:01 hs 58 min
ano de lançamento:2009
site oficial:http://www.itscomplicatedmovie.com/
estúdio:Universal Pictures / Relativity Media / Waverly Films / Scott Rudin Productions
distribuidora:Universal Pictures / UIP
direção: Nancy Meyers
roteiro:Nancy Meyers
produção:Nancy Meyers e Scott Rudin
música:Heitor Pereira e Hans Zimmer
fotografia:John Toll
direção de arte:W. Steven Graham
figurino:Sonia Grande
edição:Joe Hutshing e David Moritz
efeitos especiais:Hammerhead Productions

TRAILLER GUERRA AO TERROR

GUERRA AO TERROR, 2009, DE KATHRYN BIGELOW

It's where we hadn't been, it's where the enemy still was, and it's where the population is,"
(a senior Administration official).




Assisti ontem a dois filmes bem diferentes entre si. Na sessão de 16h30, assisti "Simplesmente Complicado" (It's Complicated), escrito e dirigido por Nancy Meyers e às 21h10 "Guerra ao Terror" (The Hurt Locker), dirigido por Kathryn Beglow com roteiro de . O primeiro é uma comédia romântica com Meryl Streep, Alec Baldwin e Steve Martin e o segundo conta com atores menos populares como Jeremy Renner e Anthony Mackie.

Guerra ao Terror foi uma iniciativa militar deflagrada pelos Estados Unidos após o atentado do dia 11 de setembro e teve o intuito de criar uma ofensiva contra os ataques aos Estados Unidos" e para isso o país invadiu e ocupou os territorios do Afeganistão e Iraque em 2001. A estratégia militar deu-se no governo de George W. Bush que deu à guerra uma conotação religiosa ao atribuir epitetos como "Cruzada contra o Terror" e "Eixo do Mal". Com base nisso, o Mark Boal escreveu o roteiro que, nas mãos de Katryn Beglow, se transformou em um filme completamente diferente de qualquer um outro do gênero. 

O filme é feito com a câmera na mão,  dando maior movimentação às cenas e efeito de realidade. Além disso, o filme provoca reações distintas se compararmos a alguns outros do gênero, pois ele não incita o ódio e dificilmente o espectador toma algum partido, apesar da protagonização ser norte-americana. O seu final quebra com a linearidade da  narrativa tradicional com começo meio e fim e mostra um tempo cíclico, com ações e espaços sendo revisitados rotineiramente, informando ao espectador com profundidade que um novo dia para aqueles militares nada mais é do que o recomeço do anterior. É um filme que não faz jorrar sangue na tela, apenas uma cena forte quando o protagonista retira um explosivo de dentro do abdomen do menino. Fora isso, é um filme de pouca peripécia e confrontos violentos, se comparado aos clássicos como Platoon, de Oliver Stone. Até mesmo a masculinização é atenuada e a troca de socos entre os militares nos faz lembrar as brincadeiras de menino.

Guerra ao Terror é um misto de força bruta com dilemas existencias, pois o filme é um convite para o espectador implodir do que explodir, já que o lança para a reflexão e não para a comoção. Saímos do cinema estranhos, com uma sensação de desconforto porque o filme não nos apresenta uma solução, nem uma saída, ao contrário, nos deixa desconfortáveis e com uma sensação de que o problema  persiste. Nada parece fazer sentido aos olhos daqueles militares. Eles vão para um outro país desarmar bombas espalhadas pelas ruas ou pelos corpos das pessoas.


A fugacidade da vida e a consciência de que estão cumprindo uma tarefa pela qual sequer serão lembrados deixam os soldados imersos em uma atmosfera de incertezas quanto as chances reais de saírem vivos. A cada missão um risco.  De forma magistral, Bigelow nos mostra uma guerra sem heróis, onde um dia é apenas uma tênue linha que separa a vida da morte. Os close ups das cenas mostram o interesse em captar as emoções dos militares e são raras as passagens em que há o contato físico o que geralmente ocorre com os filmes tradicionais de guerra. Nesse, Bigelow enfatiza a inteligência, o autocontrole, as emoções, enfim, uma guerra subterrânea tal como os explosivos escondidos nas ruas iraquianas e afeganistãs.  

Se o filme vai ou não ganhar o Oscar, eu não sei, mas penso que ele destaca um momento muito delicado e vivo na memória recente dos norte-americanos, em relação a 11 de setembro, e atual, já que as investidas militares ainda continuam. 

FICHA TÉCNICA

título original:The Hurt Locker

gênero:Drama
duração:02 hs 11 min
ano de lançamento:2009
site oficial:http://www.thehurtlocker-movie.com/
estúdio:First Light Productions / Kingsgate Films / Grosvenor Park Media
distribuidora:Summit Entertainment / Imagem Filmes
direção: Kathryn Bigelow
roteiro:Mark Boal
produção:Kathryn Bigelow, Nicolas Chartier, Mark Boal e Greg Shapiro
música:Marco Beltrami e Buck Sanders
fotografia:Barry Ackroyd
direção de arte:David Bryan
figurino:George L. Little
edição:Chris Innis e Bob Murawski

Fonte: www.adorocinema.com.br (ficha técnica)

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Kathryn Biglow: a primeira mulher...

Kathryn Bigelow se tornou a primeira mulher, em exatos setenta e quatro anos, quando a DGA (Directors Guild of America), sindicato dos diretores, era a SGA (Screen Directors Guild), a vencer o prêmio da DGA na categoria direção de filme de longa-metragem com o filme Guerra ao Terror (The Hurt Locker, 2008).

Para entender o feito, basta lembrar que em toda a gestão da DGA apenas uma mulher esteve na presidência: Martha Coolidge (2002-2003), forte o cerco que se interpõe entre as mulheres e os espaços de poder, incluindo a presidência de um importante sindicato. A perspectiva masculina ainda dá o tom e para muitas mulheres entrarem no seleto grupo dos diretores precisam usar estratégias, que funcionam como "senhas de acesso".  

Kira Cochrane questiona em seu artigo no The Guardian: Why are there so few female film-makers? A questão parece oportuna, sobretudo quando temos conhecimento de que no início do século passado havia mais mulheres na direção e produção do que atualmente. As mulheres teriam perdido o interesse? Elas foram induzidas a atuarem  em outras esferas da sociedade? O que lhes teria acontecido ao longo dos anos?

A história do cinema incluirá em suas páginas que uma mulher venceu como diretora a indicação de melhor filme de longa-metragem pela DGA e está prestes a vencer uma outra em março, quando o Oscar será apresentado. Isso não significa dizer simplesmente que tenha também havido uma mudança do ponto de vista de gênero, na forma de olhar, mas também não podemos deixar de perceber as sutis inscrições de um "female gaze", pois as mulheres utilizam de diferentes estratégias para "dizer", muitas vezes não tão explicitamente.

Vou assistir ao filme e em breve postarei um comentário.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

CINEMA E IDADE

"É raro para uma mulher da minha idade - ou para uma mulher, simplesmente - ter a oportunidade de representar um personagem que é uma mulher forte e que está no controle".
(Glenn Close)
Fonte: http://oglobo.globo.com/cultura/revistadatv/mat/2010/01/22/glenn-close-volta-com-damages-diz-que-roteiristas-se-superaram-915685362.asp

BETTY COMDEN

"We meet, whether or not we have a project, just to keep up a continuity of working. There are long periods when nothing happens, and it’s just boring and disheartening. But we have a theory that nothing’s wasted, even those long days of staring at one another. You sort of have to believe that, don’t you? That you had to go through all that to get to the day when something did happen.”¹ (Betty Comden)

O seu nome é pouco conhecido entre os menos acostumados com o universo do cinema e talvez até mesmo para alguns especialistas. Ela foi uma das mais destacadas roteiristas nos anos 50 e escreveu um dos musicais mais aclamados em toda a história da sétima arte: Cantando na Chuva, (Singin' in the Rain,1952), mas também juntou ao seu amplo acervo outros musicais como A Roda da Fortuna (The Band Wagon, 1953) e Dançando nas Nuvens (It's Always Fair Weather, 1955). Em meu trabalho de garimpagem não encontrei outra roterisa com o mesmo currículo. Certamente foi uma das primeiras roteiristas mulheres a ter projeção, ao lado de seu eterno parceiro Adolph Green.

Betty Comden nasceu em Nova Iorque em 1917 e faleceu na mesma cidade em 2008.

Nota:

¹ Nós nos encontramos quando temos ou não um projeto, só para manter a continuidade do trabalho. Existem longos períodos em que nada acontece, e é apenas chato e desanimador. Mas nós temos uma teoria que nada está perdido, mesmo aqueles longos dias de olhar um para o outro. Você tem sorte de acreditar nisso, não é? Que você teve que passar por tudo isso para chegar o dia em que alguma coisa aconteceu.

Foto divulgação New York Times, Betty Comdan e Adolph Green

CONTRADIÇÕES

Vejam como a publicidade age para promover um filme. O cartaz abaixo foi originalmente proposto pela Fox:



Vejamos agora os posters lançados em língua portuguesa:


Observem como funciona a recepção e a interpretação para um enunciado que inclui novos elementos, nesse caso as esquilas ou em um plano mais real, as mulheres. No cartaz original a ênfase está nos esquilos, homens no plano real, sobre um tapete vermelho (signo do estrelato), tendo as esquilas logo atrás acenando da porta do avião que aterrissa, anunciando a sua chegada.

Os cartazes em português interpretam o cartaz original da seguinte forma: o primeiro (da esquerda para a direita) sugere um suspens e soa como ameaça: "e dessa vez não estão sozinhos",  já o segundo é explícito e misógino, pois já coloca as mulheres como potenciais usurpadoras de um espaço: "e desta vez tem concorrência", o que contradiz com a proposta do filme. Assim, para efeito de publicidade os divulgadores incitam a ideologia competitiva para vender o seu produto, ainda que o filme tenha outra mensagem.

Fotos divulgação

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

ALVIN E OS ESQUILOS 2, 2009

No sábado passado, tirei o dia para levar meu sobrinho (10) e o seu amigo (7) ao cinema. Fomos ver Alvin e os Esquilos 2 (Alvin and the Chipmunks 2: The Squeakuel), um desenho  de aventura (mas classificado como comédia/fantasia/romance) que mistura desenho animado com pessoas "reais", como foi em Uma Cilada para Roger Rabbit, anos atrás.  

Contudo, a aventura não apenas se deu na tela, mas fora desta, pois ir ao Shopping Iguatemi em uma tarde de sábado requer um misto de Mulher Maravilha, Noviça Rebelde e de Uma Babá Quase Perfeita. A saga começa no estacionamento, mas posso pular essa parte para não entediá-los. Daria o preâmbulo de um roteiro trágico, se não fossem os meninos a me distrair (pareciam alheios ao que eu via). Ao entrar no recinto, um formigueiro humano: pessoas cruzando os espaços e, eventualmente, se esbarrando uma nas outras, adolescentes e jovens ao léu  conversando, gargalhando e devorando seus sanduíches com bastante ketchup e batata frita, outros apenas circulavam. Na área de compra de ingressos, as filas eram imensas, mas tivemos a sorte de estar com uma atendente bastante ágil. Conseguimos os ingressos faltando 5 minutos para começar o filme. Subimos apressadamente a escada rolante que, como sabemos, tem seu ritmo próprio e nos deparamos com outra fila imensa. Achei que Avatar fosse arrebanhar a metade que estava ali presente, mas os esquilinhos famosos estavam bombando e também levaram a sua cota.

Nesse meio tempo, troquei idéias com uma mulher da minha idade que estava na fila provavelmente cumprindo também a sua missão. Os meninos que estavam comigo fitaram os sacos de pipoca que espetacularmente se exibiam na vitrine. Pedi que as crianças as comprassem enquanto ficava na fila, mas os apelos visuais eram tão grandes que elas se distraiam e as pessoas passavam em sua frente. A ilustre desconhecida também percebeu e se prontificou a "guardar o lugar" enquanto eu ia ajudá-los. Chegando na fila das pipocas, fomos informados que elas tinham acabado, no entanto tinham dois sacos na vitrine. Questionei e nos venderam os únicos e últimos sacos daquele setor. Não sei para quem estavam reservados.

Confortada, retornei à fila e agradeci a ilustre desconhecida. Como éramos quase os últimos, pegamos um lugar muito ruim (para mim) muito próximo à tela, mas pelo visto não era um incômodo para os meus pequenos convidados.
Assistimos ao filme. Todos se comportaram. Apenas alguns crocs, crocs das pipocas e quase nenhum celular tendo o monitor como lanterna (apenas vi um ligado, mas rapidamente desligaram). As crianças estavam ótimas, os adultos também.

Depois de vivermos uma aventura, podíamos ver uma outra, só que na tela.

O desenho animado em questão trata da história de três esquilos famosos, pop stars, que vão parar em uma escola, depois de um acidente com o seu produtor. Após mil peripécias, eles são escalados para cantar no festival de música da escola, mas Alvin estava dividido entre o campeonato de futebol e a música, ou seja, entre os novos amigos e os seus irmãos. No dia da apresentação, para eleger o representante da escola, ele chega atrasado e as esquiletes, que já tinham agradado antes em uma audição, passam a representar a entidade no evento. O seu agente é um homem inescrupuloso que tenta dividir as esquiletes, promovendo uma delas e relegando as outras duas a meras coadjuvantes. É o esquema (2x2 ao invés de 1x3), isto é, equilíbrio de forças, sendo que pendendo mais para o agente, pois teria o poder sobre o grupo, além da estrela projetada que, certamente, ficaria ao seu lado inebriada pelo sucesso.  Mas elas são espertas.

No final, as esquiletes conseguem se livrar, graças aos esquilos, do agente ganancioso e chegam a tempo para o festival. Depois de um acordo, os seis se apresentam e dividem solidariamente o palco, representando a escola.

Este é mais um dos vários exemplos de filmes dirigidos por mulheres que destaca atitudes positivas como  solidariedade, coletividade e união. Em geral, tem sido essa a opção delas. Ontem estive assistindo Quatro Amigas e Um Jeans Viajante 2 (uma ficha técnica predominantemente feminina, por sinal) que traz também  essa abordagem: amizade, solidariedade, cumplicidade e união entre as mulheres, mas estendida aos homens. As diretoras tem evitado filmar temas que fomentem a agressividade, a disputa e outros sentimentos e práticas que dividem, destróem e exterminam vidas. Talvez por isso a comédia romântica esteja tão em alta entre elas, embora também seja um gênero rentável.

Alvin e os Esquilos 2, de Betty Thomas, que dirigiu também Dr. Dolittle, traz essas questões que se acentuam por ser um filme destinado ao público infantil.  Temas como: auto-estima, traição, confiança, timidez, ambição, compromisso, responsabilidade aparecem no filme direcionando as atitudes das personagens para as atitudes e sentimentos que promovem o bom convívio, aliás muito bem vindos.

FICHA TÉCNICA:

Direção: Betty Thomas
Roteiro: Jon Vitti, Jonathan Aibel e Glenn Berger
Produção: Ross Bagdasarian Jr. e Janice Karman
Podução Executiva: Michelle Imperato, Arnon Milchan, Karen Rosenfelt, Steve Waterman
Música Original: David Newman
Montagem: Matt Friedman
Direção de fotografia: Anthony B. Richmond
Direção de arte: Marcia Hinds
Cenário: Karen Agresti
Figrinos: Alexandra Welker
Casting:Juel Bestrop, Seth Yanklewitz

Imagem divulgação Fox 2000 Pictures.

A ética e o mérito nas produções acadêmicas

Em meio a tantas coisas que nos deixam tristes em nosso cotidiano, eis que nos deparamos com uma postura que muito nos faz acreditar em...