quinta-feira, 29 de setembro de 2011

CURTAS DIRIGIDOS POR MULHERES -UNIBANCO

Desde sábado passado que o meu horário das 19h ganhou novo sentido. A minha ida a sala 4 do Unibanco cumpriu um rito que há muito tempo não experimentava: ir ao cinema para assistir a um filme, sem o desconforto de celulares acesos, conversinhas paralelas e cheiro insuportável de fritura. Além disso, na segunda-feira, ganhei um bônus especial: fiquei sozinha na sala durante toda a projeção (apenas estavam presentes dois membros da organização do evento).

Os filmes foram dirigidos por mulheres e fizeram parte da Mostra de Curtas de São Paulo, uns deles com viés mais feminista, outros nem tanto. Entre os temas, destaco as relações de gênero, incluindo violência contra as mulheres em diferentes espaços da sociedade, a violência contra a criança, principalmente nos espaços familiares; a pobreza vivida por crianças, adolescentes e adultos em áreas urbanas e rurais; a masculinidade e seus ritos de iniciação, enfim, temas que fazem parte do cotidiano das pessoas que vivem no Brasil, realidades que, mesmo não estando à nossa volta, fazem parte desse território. Outras cenas, corriqueiras para alguns, ganham contornos ora dramáticos ora engraçados que nos fazem pensar nas maneiras das pessoas se socializarem e se sentirem importantes.

Os curtas apresentados nos convidam para uma incursão estética e temática que somente o cinema nos proporciona, com a sua avalanche de imagens, sons e de movimentos que ora nos envolve e ora nos faz pensar.

E, por tudo isso, tenho o prazer de dizer: viva o cinema dirigido por mulheres!  

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Cecília Amado na UNEB

Cecília Amado, diretora do filme Capitães da Areia, uma adaptação da obra homônima de Jorge Amado, de quem é neta, estará na UNEB para um debate sobre seu filme, previsto para estrear no dia 14 de outubro em circuito nacional.

O encontro com a diretora será no dia 28/09, às 17h, no Teatro da Uneb.


Maiores informações: http://www.uneb.br/2011/09/26/capitaes-da-areia-debate-aborda-filme-inspirado-na-obra-de-jorge-amado/

sábado, 24 de setembro de 2011

CINEMA E MULHER NO ESPAÇO UNIBANCO

Os filmes de hoje tiveram como tema a violência contra a mulher.

O filme de Jacco, dirigido por Daan Bakker, de produção holandesa, de 2009, é um curta de 17 minutos. Trata da história de um menino que narra como se estivesse produzindo um filme - narrando e editando. O que vemos são os efeitos do recurso, já que em nenhum momento vemos ele portar uma câmera. O curta por meio da linguagem cinematográfica e por meio da metalinguagem mostra como uma criança interage com o mundo, selecionando, recortando, inserindo falas, transformando a realidade. A exemplo de uma cena em que duas meninas aparecem recostadas em suas duas motos e que não dão a mínima atenção para o personagem, no entanto, ele inverte a realidade dizendo que estão super interessadas nele.  

O curta  mostra, sobretudo, a visão de um menino a partir dos problemas familiares, de um pai viciado em jogo e a mãe que, mesmo infeliz, não consegue sair da situação em que se encontra. O pai chega a vender objetos da casa para dar conta do vício. Esta cena é muito criativa, já que, sem referências linguísticas, setas desenhadas apontam para o objeto que será vendido, dando um tom trágico-cômico ao evento, próprio da visão de uma criança que, mesmo em situações dramáticas, contra espaço para criar, inserir o seu olhar. Outro momento de criação, dá-se quando durante uma briga dos pais, ele reinventa falas elogiosas sobre as agressões, dublando-as, mostrando um mecanismo de defesa.  

Já a sequência intitulada Luchadoras, dirigido por Benet Román, cuja produção é mexicana e espanhola, tem duração de 13 minutos, também de 2009. É um filme cuja história se passa na Cidade do México e que, numa forma de documentário, com personagens mulheres que falam de suas experiências e expectativas em relação à vida. Entremeando com dados estatisticos deprimentes em relação à mulher, o curta traz temas como o analfabetismo, a pobreza, a baixa remuneração, o machismo, a exclusão da vida política, entre outros aspectos. Mas, também, mostra mulheres que conseguiram alçar vôos e que sinalizam para possibilidades de mudanças.


Outro curta intitulado Homem Furioso, de 2009, foi dirigido por Anita Killi, da Noruega, com duração de 20 minutos. Trata de um menino que convive com os pais em extrema em situação de violência. É uma animação que mostra um pai descontrolado e que deixa vir à tona um monstro, visualmente mostrado ao espectador na forma de uma sombra preta que toma conta de todo o corpo do homem. A esposa é representada de maneira resignada, mas o menino, cansado de ver as cenas diariamente, pede ajuda ao Rei, escrevendo-lhe uma carta, que é entregue por um cachorro. No entanto, antes de se decidir se escreveria ou não, a essa hesitação, os passarinhos começam a pedir que ele conte. O rei bate à porta da casa do menino e leva o pai para um espaço de recuperação. Esta hesitação do menino mostra a dificuldade da criança denunciar a violência doméstica. Neste sentido, a violência contra a mulher é deslocada para a violência contra a criança, já que a mulher só aparece no início e a agressão não é vista, mas ouvida pela criança, que está em seu quarto presenciando as ações. É do seu ponto de vista que a narrativa transcorre e não da mãe.


O filme A noivinha, 2010, foi dirigido por Leslaw Dobrucki e é uma produção polonesa de 14 minutos de duração. Narra a difícil história de mulheres turcas que muito jovens são forçadas a se casarem em nome dos costumes. O curta enfoca a situação de extrema violência das mulheres que são agredidas de diferentes maneiras. As mulheres quando se divorciam, por meio da fuga, vivem às escondidas ou são mortas. A personagem do filme consegue fugir e ser adotada por uma família, mas mesmo assim é tida como fugida pela família do noivo que não cessa de persegui-la.

Por fim, A ordem das coisas, de César Esteban Alenda e José Esteban Alenda, uma produção espanhola de 2010 com 19 minutos. O filme mostra uma personagem feminina, Julia, que não sai da banheira. Todo o filme se passa neste espaço e é construído a partir da busca do marido pelo cinto, que pertencera a seu pai e avô. A ênfase no histórico cinto leva o espectador a relacionar a violência a uma estrutura secular fruto do patriarcado. O espectador se depara constantemente  com o som cadenciado da gota d'água, distorcida pelo seu eco, que metaforiza a vida da protagonista que se esvai. O filho, quando criança, descobre que o cinto fica escondido na banheira, e quando percebe o que ele representa, já jovem, foge de casa, por não suportar ver as marcas da violência no corpo da mãe, porém desde cedo era incitado a procurar o cinto juntamente com o pai. No entanto, ao perceber que o pai não cumprira a promessa de consertar o avião que havia escapulido da mão enquanto omitia o paradeiro do cinto, vê que todo o discurso do pai é falacioso. Os familiares que visitam em um dado momento culpabilizam a mulher pela situação, encorajando-a a colaborar e devolver o cinto.

Vale ressaltar que todos os personagens envelhecem, menos a mulher. No final, a água da banheira transborda e neste ínterim a mulher retira a aliança e emerge no meio do mar. Na sequência, ela aparece apenas metonimicamente por meio do plano em detalhe dos pés e as pegadas na areia, e, em seguida, no plano geral, quando ao longe ela aperece andando.

A câmera desloca o foco para a beira da praia onde várias banheiras dispostas paralelamente com os cintos.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

PROGRAMAÇÃO FEMININO PLURAL - ESPAÇO UNIBANCO

FORTALEZA – 15/09 – 22/09
SALVADOR - 22/09 – 29/09
JOÃO PESSOA – 29/09 – 06/10

Sempre às 19h
22/09 – Abertura
“L” - 35mm
Dir. Thaís Fujinaga / SP / 21’ / COR / 35MM / 2011
Teté tem 11 anos e odeia os seus pés. Há algum tempo, desenvolveu o hábito de usar sapatos muito menores. Quando conhece Héctor, um simpático descendente de chineses, ela passa a ver seu complexo sob um novo ângulo.

” O mundo de Raul” - digital
Dir. Jessica Rodriguez Sanchez e Horizoe Garcia / CUBA / 22’ / COR / VÍDEO / 2010

Raúl mora numa cidade pequena. É um trabalhador exemplar, bom filho e bom vizinho. Parece encarnar perfeitamente o modelo de Homem Novo criado pela Revolução Cubana. Mas ele oculta um segredo.

“Museu dos corações partidos” -digital
Dir. Inês Cardoso / SP / 15’ / COR / VÍDEO/ 2010
Todo o rompimento amoroso implica numa sensação de perda da própria consciência de si. O Museu dos Corações Partidos coleta depoimentos anônimos via Skype, como matéria poética para esta cartografia amorosa.

“A Feira – Patrimônio Imaterial
Dir. Fabíola Aquino Coelho / BA / 5’/ DOC / COR/ VÍDEO / 2011
O documentário conta os problemas vividos pelos feirantes na antiga feira de Água de Meninos, na década de 60, e como hoje em 2011 essa realidade se repete para os 3 mil comerciantes da Feira de São Joaquim, maior mercado ao ar livre do Brasil.
23/09 – PGM 3
Dez Elefantes – 35mm
Dir. Eva Randolph
RJ / 14’ / COR / 35MM / 2008
Clara tme 8 anos e mora com a mãe e o irmão no campo. As crianças brincam de pique-esconde. Clara está escondida no galinheiro.

Espalahadas pelo ar -35mm
Dir. Vera Egito
SP/ 15’ / COR / 35MM / 2007
Na escada de serviço de um edifício, meninas fumam escondido. Para eitar que o cheiro as denuncie, tirma as roupas. Desse encontro, pode surgir a liberdade.
Pedra Bruta – 35mm
Dir. Julia Zakia
SP / 8’ / COR / 35MM / 2009
Há lugares em que a arte tem de se tornar uma forma de combater a guerra.

Handebol – 35mm
Dir. Anita Rocha da Silveira
RJ/ 19’ / COR /35MM / 2010
Bia é uma garota como tantas outras: gosta e rock, handebol e sangue.

Carreto – 35mm
Dir. Marília Hughes e Cláudio Marques
BA / 12’ / COR / 35MM / 2009
Tinho presta serviços com seu inseparável carrinho de mão. Um dia, conhece Stephanie. Para retribuir um presente dela, imagina um plano.
Um ramo -35mm
Dir. Juliana Rojas e Marco Dutra
SP / 15’ / COR/ 35MM / 2007
Clarisse descobre uma folha crescendo em seu braço.

24/09 – PGM FALE SEM MEDO – programa inteiro timeline
O filme de Jacco -
Dir. Daan Bakker / Holanda / 17’ / COR / VÍDEO / 2009
E ação! Jacco é diretor, locutor e editor de seus filmes. Se mamãe e papai começarem a discutir de novo, ele rebobina o filme e acrescenta uma nova trilha sonora.

Luchadoras
Dir. Benet Román / México / Espanha / 13’ / COR / 35MM / 2009
Filmado na Cidade do México e no estado de Zacatecas, o filme relata as cirscunstãncias, dificuldades, desafios e preocupações que as mulheres mexicanas enfrentam hoje: pobreza, fome, machismo, migrações, desigualdade social e violênia.

Homem Furioso
Dir. Anita Killi / Noruega / 20’ / COR / 35MM / 2009
Há segredos que não deveriam ser segredos. Quando a mamãe-peixe morre, Boj está farto e encontra força em sua própria fantasia para ir além.
A noivinha
Dir. Leslaw Dobrucki – Polônia / 14’ / COR / VÍDEO / 2010
Uma garota turca é enviada à Alemanha e forçada a se casar aos 13 anos. Logo depois, seu inferno começa. Ela é espancada e abusada de várias formas. Depois de vários anos, ela consegue fugir e se esconde até agora. Só por isso ela é capaz de nos contar a história de sua vida.

Espere por mim
Dir. Daniel Galo / México / 5’ / COR / VÍDEO / 2010
Para enfrentar a dureza da vida, Agustina se vale do amor que compartilha com o neto.

A ordem das coisas
Dir. César Esteban Alenda e José Esteban Alenda / Espanha / 19’ / COR / VÍDEO / 2010
A vida de Julia acontece na banheira. Gota a gota, ela vai reunir coragem para mudar a ordem das coisas.

25/09 – PGM 2

Joyce - 35mm
Dir. Caroline Leone / SP / 14’/COR / 35MM / 2006
Joyce sonha com o amor, a felicidade e em ser dançarina na TV. Ao encontrar o rapaz por quem está apaixonada, decide entregar sua carta de amor.

Teresa – 35mm
Dir. Paula Szutan e Renata Terra Cunha / SP / 18’/COR / 35MM /2009
Teresa vem a São Paulo para realizar o sonho do casamento. Mas é obrigada a mudar de planos quando se vê diante de uma realidade bem menos romântica.

Sexo e Claustro - digital
Dir. Cláudia Priscilla / SP / 13’/ COR / 35MM / 2005
Documentário feito na Cidade do México, sobre uma singular personagem e seus sentimentos a respeito de sexo e religião.

Sistema Interno - digital
Dir. Carolina Durão / SP/ 17’/ COR / VÍDEO / 2007
De vez em quando todos os olhos se voltam pra mim...

Estação - digital
Dir. Marcia Faria / SP / 15’/ COR / VÍDEO / 2010
Inês sonha ser atriz e vai para São Paulo ser figurante de uma novela. Mas, sem lugar para ficar, acaba morando alguns dias no Terminal Rodoviário do Tiête.

Sweet Karolyne - digital
Dir. Ana Bárbara Ramos / PB / 15’/ COR / VÍDEO/ 2009
Nem Elvis nem Jarbas. É tudo uma grande invenção.

26/09 – PGM 1

Olhos de Ressaca – 35mm
Dir. Petra Costa / SP / 20’/ COR / 35MM / 2009
Vera e Gabriel, casados há 60 anos, divagam sobre a própria história e, em seu rememorar, imagens de arquivo familiar se confundem com imagens do presente.

Visita Íntima – 35mm
Dir. Joana Nin / SC / 15’ / COR / 35MM / 2005
Amor em condições especiais: mulheres livres que dedicam a vida a homens presos. Muitas delas conheceram o marido na cadeia.

O menino e o bumba - digital
Dir. Patricia Cornils / SP / 13’/ COR /35MM / 2007
Paulo César é louco por ônibus desde os 9 anos. Essa obsessão determinou os rumos de sua vida.

O nome dele ( O Clóvis) – 35mm
Dir. Felipe Bragança e Marina Meliande /RJ / 15’ / COR / 35MM / 2004
Se conheceram no verão, debaixo de chuva. Um filme de Carnaval e silêncio.

Duelo antes da noite – 35mm
Dir. Alice Furtado / RJ /20’/ COR / 35MM / 2010

27/09 – PGM 4

Rio de Mulheres – 35mm
Dir. Joana Oliveira e Cristina Maure / MG / 20’ / COR / 35MM / 2009
Em um ambiente muito árido, onde a água é escassa, mulheres vivem suas vidas em meio a crianças e outras mulheres.

Menino Aranha - digital
Dir. Mariana Lacerda / SP / 13’ / cor / 35mm / 2008
Menino –aranha: uma real lenda urbanda contada na Recife do final da década de 1990.

Trecho – 35mm
Dir. Clarissa Campolina e Helvécio Marins Jr. / MG / 16’ / COR / 35MM / 2006
Diário de caminhada de Libério de Belo Horizonte a Recife. Lembranças e questionamentos do personagem se mostram transformados pelo passar do tempo, pela paisagem e pela própria experiência do filme.

Se meu pai fosse de pedra - digital
Dir. Maria Camargo /RJ / 19’/ COR / VÍDEO / 2009
O escultor Sergio Camargo morreu há 19 anos. Se os ossos que restaram na sepultura são seus restos mortais, seriam as esculturas seus “restos vitais”? O que é transitório e o que é duradouro? A filha do artista confronta o artista e o homem.

Geral – 35mm
Dir; Anna Azevedo / RJ / 15’ / COR / 35MM / 2010
O palco é a geral do estádio do Maracnã. Em cena, os torcedos conhecidos como geraldinos num espetáculo de êxtase, fúria, alegria e dor.

28/09 – PGM 5

As coisas que moram nas coisas – 35mm
Dir. Bel Bechara e Sandro Serpa / SP / 14’ / COR/35MM / 2006
Enquanto acompanham seus pais, que trabalham como catadores de lixo, tr~es crianças atribuem novos significados aos objetos descartados pela cidade.
Cocais, a cidade reinventada – 35mm
Dir. Inês Cardoso / SP / 15’ / COR / 35MM / 2008A história da cidade que se reinventou através de um filme, ou a história de um filme que foi inventado por uma cidade.

Instantâneos – x??
Dir. Andrea Capella e Peter Lucas / RJ /15’/ 35MM / 2009
O retrato de uma noite do último fotógrafo de bares da Lapa.

Solitário Anônimo - digital
Dir. Debora Diniz / GO /18’/ COR/ VÍDEO / 2007
Um idoso deitado na grama à espera da morte. No bolso, um bilhete anunciava ser de terras distantes. Seu desejo era morrer solitário e anônimo.

Muito Além do Chuveiro - digital
Dir. Poliana Paiva / RJ / 17’ / COR/ VÍDEO / 2008
A febre do karaokê: pessoas soltam os demônios na noite do Rio de Janeiro. Histórias de catarse, alegria e amizade.

29/09 – SESSÃO ENCERRAMENTO

“UMA PRIMAVERA” de Gabriela Amaral Almeira – SP – 15 min.
“CÃO” de Íris Junges – SP 19 min.
“PRAÇA WALT DISNEY” de Sergio Oliveira e Renata Pinheiro – PE – 21 min.
“CORES E BOTAS” – de Juliana Vicente – SP – 15 min.

sábado, 10 de setembro de 2011

CURSO DE EXTENSÃO CINEMA E MULHER - 1ª turma


A professora Lúcia Leiro, coordenadora do projeto, com as(os) cursistas. O grupo esteve junto durante 08 (sábados) entre os meses de julho, agosto e setembro, debatendo sobre a mulher no cinema.


As cursistas com a monitora Rafaela Gomes ao centro.

A foto de garantia. É sempre bom tirar mais uma.




Rafaela Gomes, monitora do curso, muito atenciosa e responsável. Na foto, ela mostra o seu trabalho de sistematização da entrevista que ela aplicou no início do curso.

Em breve, mais registros fotográficos.

Caso queiram comentar mais sobre os encontros, é só postar. 










Ao final do curso, foram sorteados seis DVDs originais de alguns filmes projetados durante os encontros e outros não exibidos, mas que eram dirigidos por mulheres. Em breve, mostraremos o vídeo.

Em outubro tem mais! Obrigada a todas(os) participantes!

Esperamos ter proporcionado um espaço prazeroso de aprendizagem e de conhecimento. O cinema nos ensina muito, pois nos coloca em contato com uma linguagem específica e, também, com culturas diferentes, como nos filmes A Encantadora de Baleias, sobre o rito de iniciação do líder entre o povo maori, da Nova Zelândia, negado às mulheres, e em Rio da Lua, de Deepa Mehta, sobre as viúvas da Índia, mostrando o ciclo de exclusão das mulheres viúvas sustentado pela Lei secular

Nos filmes dirigidos por mulheres, há uma forma de dizer que nos leva a pensar nas maneira dos gêneros sociais se constituirem na cultura, mostrando o conflito das mulheres em diferentes países, as formas de elas sobreviverem e como os ritos as trazem em situações humilhantes e de extrema exclusão, tudo isso dito em linguagem cinematográfica - com movimento de câmera, com angulação e planificação - e reforçados por outras técnicas  - a montagem, a iluminação, a  fotografia - e linguagens - a música, as artes plásticas, a dança, entre outras.

Voltaremos a falar dessas questões no II Curso de Extensão Cinema e Mulher com os filmes brasileiros e, se der, latino-americanos, dirigidos e, preferencialmente, roteirizados por mulheres.

domingo, 4 de setembro de 2011

II CURSO DE EXTENSÃO CINEMA E MULHER - OUTUBRO


O Curso de Extensão Cinema e Mulher voltará em outubro com a segunda versão. A primeira será concluída no dia 10 de setembro e contou com a participação de aproximadamente trinta pessoas. O II Curso oferecerá 50 vagas e focalizará os filmes das diretoras brasileiras. Além das projeções de filmes, os cursistas também fazem leituras de textos teóricos. Neste semestre, vimos filmes de Callie Khouri, Nikki Caro, Deepa Metha e Sandra Werneck.

Inscrições e mais informações:
3117-2200 (NUPE-Departamento de Educação da Universidade do Estado da Bahia, Campus I, Salvador)

A ética e o mérito nas produções acadêmicas

Em meio a tantas coisas que nos deixam tristes em nosso cotidiano, eis que nos deparamos com uma postura que muito nos faz acreditar em...